| Museu de Arte da Pampulha |
Projetado por Oscar Niemeyer, na década de 50, para abrigar um cassino, o Museu de Arte da Pampulha é hoje um dos principais museus de Belo Horizonte. Várias exposições de arte se encontram ali, principalmente as de Arte Contemporânea, tendo como destaque as composições de Guignard -carioca famoso por retratar paisagens mineiras.
| Casa do Baile, vista do Museu de Arte |
A vista é simplesmente fantástica (é possível enxergar outras obras arquitetônicas que compõem o complexo -a Casa do Baile e o Iate Clube-, além de estarem todas dispostas à beira da Lagoa da Pampulha) e a sensação de paz é inevitável.
| Fachada |
Embora a paisagem seja realmente espetacular, as obras de Niemeyer são tão surpreendentes quanto. Com uma mistura de curvas e retas, o retrato de uma surpreendente edificação vai moldando-se diante dos olhos dos mais atentos observadores. É nessa hora que constatamos a real possibilidade do homem trabalhar em conjunto com a natureza e se impor tão magnificamente como ela. Se acompanharmos toda a trajetória de vida e trabalho de Oscar Niemeyer, qualquer um há de convir que os seus projetos dessa época (anos 50) são inacreditavelmente geniais. E o Museu da Pampulha é um dos locais no qual podemos comprovar essa ideia: o contemporâneo fundindo-se com o clássico -nos encontros das curvas com as retas, nas junções dos pilares de pedra com os de metal, nos azulejos portugueses contrastando com as paredes clean- é uma marca do modernismo que se fixava no Brasil com um estilo próprio.
E para finalizar o tour no Museu de Arte, não poderia deixar de falar sobre os jardins que compõem o deslumbrante cenário. Projetados por Burle Marx, os jardins que se localizam na frente do prédio e no que seria os fundos do mesmo, são fascinantes por serem simples, mas ao mesmo tempo terem sido estrategicamente elaborados para valorizarem a composição de Niemeyer -a forma dos jardins e dos seus caminhos fazem com que as pessoas passeiem em volta do museu e o admirem por diversos ângulos. Além de todas as plantas terem sido dispostas de uma forma aparentemente aleatória, os jardins contam com esculturas de três artistas - Ceschiatti, Zamoyski e José Pedrosa-, que ajudam a compor o visual.
| Casa do Baile |
Já a Casa do Baile, que está inserida no mesmo Conjunto Arquitetônico da Pampulha, foi projetada por Niemeyer para abrigar um restaurante com uma pista de dança, cozinha e toaletes, com o intuito de ser um local para a diversão popular. Foi construída sobre uma ilha artificial -que está ligada à orla por uma ponte-, e hoje funciona como um espaço para exposições e eventos relacionados às áreas de urbanismo, arquitetura e design.
Mais uma vez, Niemeyer se coloca sobre o ambiente com suas curvas sinuosas e imponentes, que acompanham as margens da lagoa, também projetada por ele. A obra é composta por uma parte central e circular, onde hoje funcionam as exposições, e onde ficam a cozinha e os toaletes, e por uma parte extensa curvilínea que serve como uma espécie de marquise. Além disso, os jardins, novamente projetados por Burle Marx, chamam bastante atenção e ajudam a compor um ambiente paisagisticamente brilhante.
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| Planta baixa da Casa do Baile |

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