Arquitetura é música congelada.
-Arthur Schopenhauer-

domingo, 1 de maio de 2011

Interatividade

Próximo passo para a nossa intervenção em Bichinho: explorar a ideia de interatividade. Antes de falar o que isso poderia acrescentar em nossa intervenção, vamos ao conceito de interatividade primeiro.

É uma comunicação de duas vias, com uma relação interdependente entre usuários e criadores, com uma experiência total que não seria tão interessante, útil ou divertida se fosse de apenas uma via. Na verdade, essa comunicação seria inviabilizada nessa situação, pois depende inteiramente do envolvimento das pessoas.”

É, ainda,  
uma medida do potencial de habilidade de uma mídia permitir que o usuário exerça influência sobre o conteúdo ou a forma da comunicação mediada.”
JENSEN, J. F.

Interatividade, portanto, é aquilo que nos permite sentir e partircipar de uma obra, fazendo com que sejamos parte de sua composição e de seu funciomento.
Como exemplo, algumas obras que valem-se da interatividade para tornarem-se completas são:


Primal Source 

Especialmente encomendada pela cidade de Santa Monica, Califórnia, por Glow 08, Primal Source foi uma performance/ instalação que durou toda a noite, trazida à vida através da participação activa dos espectadores (estimados em aprox. 200.000 ao longo da noite). 
Localizada na praia, perto do cais em uma área que tinha sido especialmente preparada ao longo de vários dias, e fazendo uso de uma tela de água de grande escala ao ar livre/sistema de projeção de névoa, a instalação, que funcionava como uma miragem, brilhava com cores e padrões criados em resposta às vozes concorrentes e colaborativas, música e gritos de pessoas próximas.
Primal Source
Respondendo aos sons provenientes da multidão, os modos do sistema alterava-se a cada poucos minutos, dependendo da participação ativa da multidão (mais rapidamente quando havia mais barulho). Cada modo respondeu de uma maneira ligeiramente diferente para as vozes individuais e sons captados por 8 microfones distribuídos em frente. 
Alguns modos criavam "criaturas", cuja cor, forma e movimento seguia a dinâmica de freqüência e amplitude de sílabas e sentenças individuais; outros modos respondiam mais à amplos fenômenos coletivos, por exemplo, uma grade de distorção em resposta ao volume de multidão, ou a criação de uma rajada de vento através de uma paisagem de campo de trigo.



Open Burble

Encomendado pela Bienal de Cingapura de 2006, estréia 01 setembro de 2006.
 
n. bur.ble: 1. Um gorgolejar ou borbulhamento de som, como de água corrente. 2. Um fluxo rápido e animado do discurso. 3.
  A separação da camada limite de fluido sobre um corpo em movimento aerodinâmico, como a asa de um avião, causando um colapso no fluxo de fluidos, resultando em turbulência.
 
 
Open Burble
Em Open Burble, os membros do público se unem para compor, montar e controlar um imenso ondulando, brilhante, agitado 'Burble' que oscila no céu à noite, em resposta à multidão interagindo abaixo. Esta grande estrutura, a forma que o próprio público projetou, existe em uma escala tão grande que é capaz de competirvisualmente em um contexto urbano com os arranha-céus que a cercam.  



Evoke

Um projeto especialmente encomendado para iluminar York 2007 no norte da Inglaterra, Evoke é uma projeção maciça de animação que ilumina a fachada da Catedral de York, em resposta ao público, que usam suas próprias vozes para "evocar" coloridos padrões de luz que emergem em fundações do edifício e voam para o céu, dando à superfície um sentimento mágico à medida que vai sendo preenchida com cores.
Evoke
A catedral, construída para ligar conceitualmente terra e céu, tem sido um lugar para o envio de palavras, sonhos e aspirações há centenas de anos. A fachada é projetada para orientar os olhares dos transeuntes para cima. Na tentativa de continuar essa tradição, os padrões de Evoke são gerados em tempo real pelas palavras, sons, músicas e ruídos produzidos coletivamente pelo público, determinado por suas características particulares de voz. As cores vão sobrepondo a superfície do lugar, despejando-se em volta das suas características e fendas, emergindo finalmente perto do topo da fachada onde brilha lá no alto.
Pessoas com vozes de diferentes freqüências, ritmos ou cadências são capaz de evocar diferentes padrões de mágica sobre a superfície do prédio - um uivo longo resultará em um conjunto completamente diferente de efeitos visuais, por exemplo, misturando novos e antigos para continuar a animar a fachada da construção. Evoke foi aberto ao público todas as noites 06:00-23:00, entre 26 de outubro to 03 de novembro de 2007 fora York Minster, na cidade de York, Inglaterra.


Nossos dados nos seguem: vazamentos de informações sobre nós para fora dos edifícios, escoando para fora de nossos dispositivos e está acessível a qualquer pessoa com o hardware ou software apropriado. Em um ambiente urbano que é tão saturado de dados, uma distinção entre espaço público e privado realmente pode existir?
É disso que este projeto se trata: a ideia de que espaços privados estão cada vez mais escassos. Todos os espaços são públicos, à exceção dos espaços de ausência. Se a privacidade uma vez existia na casa, agora esse espaço não precisa mais ser vinculado a um determinado local.
Os dados que retratam nossas vidas e estilos de vida são acessíveis por tantas pessoas e organizações pode-se afirmar que estão fora do domínio público. O fato de que há muitos indivíduos e organizações que não são capazes de acessar esses dados não se torna menos público - o grande mito do espaço público é que é um espaço aberto a todos. O espaço público, qualquer que seja a definição cultural, sempre buscou limitar o acesso: a membros de uma comunidade particular, cidadanias especiais, gêneros ou grupos de renda particular. Em tal situação, o que é necessário é um espaço verdadeiramente privado: um espaço de ausência.
O que você faria em um espaço verdadeiramente privado?
O objetivo das embarcações flutuantes como a água-viva, que "flutuam" em torno das cidades, é a criação de zonas temporárias e efêmeras de privacidade: a ausência de telefonemas, e-mails, sons, cheiros e padrões térmicos deixadas para trás por outros. Através de vários sistemas elétricos também são capazes de impedir o acesso de dispositivos GPS, televisão, redes sem fio e outras emissões de microondas. Finalmente, ao criar uma "barreira embaçada"e um padrão de camuflagem,
eles fornecem proteção dos destemidos olhares das câmeras de segurança e satélites de vigilância.
 

Flutuando em torno de ambientes urbanos, na tradição da arquitetura que tenta se libertar do confinamento da gravidade, os vasos proporcionam momentos fugazes dos espaços visual privado, auditivo e olfativo - os ocupantes podem andar à vontade quando acontecer de avistarem uma pessoa próxima. Os espaços de ausência criados aqui são deixados para serem preenchidos com os sons das próprias pessoas, as ondas alfa, cheiros e risos...
Os flutuadores são movidos principalmente pela luz solar e do vento, mas são complementados por eletricidade empossados ​​a partir de telefones móveis e 802.11 redes (em espaços lotados isso equivale a várias dezenas de watts de potência não utilizados). A flutuação é obtida mediante o aquecimento ou resfriamento do ar em um saco de flutuação, bem como balões de ar quente. Toda a estrutura (peso total de 4,1 kg) pode recolher ou expandir conforme necessário para alterar a área de superfície, em resposta à velocidade do vento e altitude. Os "navios" não têm destinos específicos e derivam como destroços ao redor da cidade. No entanto, eles devem manter-se em movimento, porque se forem descobertos pelas autoridades certamente significará sua destruição.



Algumas obras de interatividade, no entanto, estão incluídas na chamada "Arte Cinética". Esta, por sua vez, "também conhecida como Cinetismo, é uma corrente das artes plásticas que explora efeitos visuais por meio de movimentos físicos ou ilusão de óptica ou truques de posicionamento de peças."
Dentre os diversos artistas que representam a Arte Cinética, estão:


Lygia Clark

Lygia Clark (Belo Horizonte, 1920 – Rio de Janeiro, 1988) inicia seus estudos artísticos em 1947, no Rio de Janeiro, sob a orientação de Roberto Burle Marx e Zélia Salgado.
A trajetória de Lygia Clark faz dela uma artista atemporal e sem um lugar muito bem definido dentro da História da Arte. Tanto ela quanto sua obra fogem de categorias ou situações em que podemos facilmente embalar; Lygia estabelece um vínculo com a vida, e podemos observar este novo estado nos seus "Objetos Sensoriais, 1966-1968”: a proposta de utilizar objetos do nosso cotidiano (água, conchas, borracha, sementes), já aponta no trabalho de Lygia, por exemplo, para uma intenção de desvincular o lugar do espectador dentro da instituição de Arte, e aproximá-lo de um estado, onde o mundo se molda, passa a ser constante transformação.
Em 1968 apresenta, pela primeira vez, no MAM-RJ, "A Casa é o Corpo", uma instalação de oito metros, que permite a passagem das pessoas por seu interior, para que elas tenham a sensação de penetração, ovulação, germinação e expulsão do ser vivo.
"Caminhando" (1972)
A auto decretada não-artista deu o objeto da arte na mão de seu interlocutor, como em “Caminhando”, e estabeleceu que a “arte é o seu ato”. Fundou a arte participativa, interativa e compartilhada desde então. Lygia destravou as portas do inconsciente através de sua arte e propunha isso como manifestação artística transcendental. Objetos sensoriais e relacionais, entre muitos outros artefatos, abriam um canal direto com o primitivo interior (self, no jargão de Lygia), criando um estado de auto-conhecimento revelador e, por isso, libertador.
O mundo de Lygia Clark é hoje o antídoto para o veneno da modernidade. Faz do contato físico real a revelação do eu e do outro. É mais catártico e legítimo que mil palavras ditas na terapia psicanalítica clássica. Faz do contato humano o abrigo que buscamos no mundo virtual e que, em verdade, lá não temos.
Resetar Lygia Clark é restartar o mundo. Resetar o mundo é restartar Lygia Clark.



Alexander Calder

Calder se consagrou como o grande inovador da escultura no século 20
22/7/1898, Lawnton, Estados Unidos
11/11/1976, Nova York, Estados Unidos

Alexander Calder foi o primeiro artista a explorar o movimento na escultura e um dos poucos a criar uma nova forma – o móbile.
Filho de pai escultor e mãe pintora, Alexander Calder desde cedo esteve envolvido com as artes. Tinha seu próprio ateliê e construía seus próprios brinquedos.
Frequentando o meio artístico parisiense, Calder conheceu artistas fundamentais para o desenvolvimento de sua arte, como Marcel Duchamp, Joan Miró e Fernand Léger. Visitando o ateliê de Mondrian teve o que chamou de uma experiência chocante, a qual o encaminhou rumo à abstração, ao observar uma parede cheia de retângulos coloridos de papel, que Mondrian continuamente mudava de posição, para estudar composição.
"Object with Red Disks (Calderberry Bush)" (1931)
Em 1931 as esculturas de Calder adquiriram movimento. "Dancing Torped Shape" era uma escultura acionada a manivela. O primeiro dos famosos "móbiles" de Calder foi "Calderberry Bush", uma escultura que mudava de forma com o vento. (Aliás, o termo "móbile" foi criado por Duchamp para batizar este tipo de escultura.)
As décadas de 1930 e 1940 foram extraordinariamente produtivas para Calder. Sua criatividade levou-o a realizar obras cada vez mais versáteis, como esculturas ao ar livre, cenários para teatros e balés e móbiles para arquitetura.
Em 1952, o artista recebeu o prêmio internacional de escultura na Bienal de Veneza.



Abraham Palatnik


"Objeto Ciné
Abraham Palatnik nasceu em Natal, Rio Grande do Norte, em 1928, oriundo de "uma família de judeus-russos. Muda-se ainda criança para Tel-Aviv, Israel, onde ingressa na Escola Técnica Montefiori. Entre 1943 e 1947, dedica-se aos estudos de pintura, desenho, história da arte e estética, no Instituto Municipal de Arte de Tel-Aviv. De volta ao Brasil, em 1950, usando seus conhecimentos de mecânica e física, desenvolve seus dois primeiros "aparelhos cinecromáticos", que projetam cores e formas que se movimentam acionadas por motores elétricos. Um ano mais tarde, cria polêmica ao participar da I Bienal de São Paulo com esses trabalhos. Por não se enquadrar em nenhuma das categorias da premiação, terminou por ganhar uma menção honrosa depois de muita discussão do júri.
"Objeto Cinecromático" (1964)
A partir de 1964, desenvolve os "objetos cinéticos", como um desdobramento dos "cinecromáticos". Começa a trabalhar também na realização dos seus "relevos progressivos" em superfícies bidimensionais, trabalhando com a noção de cinetismo virtual e utilizando-se do recurso de composição serial de lâminas de madeira. O rigor matemático é uma constante em sua obra, atuando como importante recurso de ordenação do espaço. Com o decorrer dos anos, o artista passa a empregar sucessivamente três novos materiais: nos anos 70, a resina de poliéster, nos anos 80, cordas sobre telas, nos anos 90 um composto de gesso e cola.
Depois disso, realiza trabalhos em papel-cartão e pinturas com cordas utilizando pela primeira vez linhas diagonais e cores mais vibrantes como o laranja.

Fonte: http://www.abrahampalatnik.com.br/


O Grivo 

Criado em 1990 em Belo Horizonte, Brasil.
Radicado em Belo Horizonte, Brasil

O Grivo é Nelson Soares e Marcos Moreira Marcos, ambos com formação musical. O trabalho de O Grivo abrange concertos, instalações e performances, com variadas perspectivas de improvisação, e utilização de equipamentos eletrônicos em áudio e vídeo.
Além das performances ao vivo, O Grivo compôe trilhas para cinema, vídeo, dança e instalações em colaboração com artistas como Cao Guimarães, Lucas Bambozzi, Rivane Neuenschwander, Valeska Soares, Alejandro Ahmmed, Adriana Banana e Rodrigo Pederneiras. No momento o GRIVO trabalha na concepção sonora de um projeto da bailarina Thembi Rosa, parceira do grupo em outras ocasiões, e na captação e trilha de filmes.
"Duas máquinas" (2008)
Este ano, o grupo fez ao vivo a trilha sonora de filmes mudos de George Méliès, Charles Chaplin e Pat Sullivan, em São Paulo. O Grivo prepara uma instalação sonora em parceria com Rivane Neuenschwander que será mostrada na South London Gallery, em Londres, e terá a forma de uma chuva com diversas variações de timbre, densidade, intensidade e posição espacial.
Para a 28ª Bienal de São Paulo, O Grivo exibe uma instalação sonora e performance com o que chamam de "máquinas sonoras", que, acionadas pelos músicos ou por mecanismos eletrônicos, ocupam o espaço com sons em diferentes freqüências, criando um ambiente com variações mínimas. A percepção do acontecimento sonoro vai variar conforme a posição do visitante nesse ambiente, o que resulta sempre em uma experiência única para cada um.
O trabalho de O Grivo, em suas próprias palavras, pesquisa e aprofunda temas e campos tais como a "espacialização, a disposição e o movimento do som no espaço, a improvisação, a ampliação do repertório de timbres (acústicos, eletrônicos e eletroacústicos), a mecanicidade e a aleatoriedade, o minimalismo (John Cage e Morton Feldman), a transparência da forma, a atenção para todas as particularidades dos sons e ouvido curioso".


Arthur Ganson

O escultor e engenheiro Arthur Ganson fala sobre seu trabalho - arte cinética que explora profundas idéias filosóficas e que é incrivelmente divertida de se olhar:





Theo Jansen

Theo Jansen (A Haia, 17 de março de 1948) é um artista e escultor cinético holandês.
A sua obra é especialmente conhecida pelos trabalhos de grandes dimensões que se assemelham a esqueletos de animais e que são capazes de caminhar utilizando a energia do vento.
As suas obras são uma mistura de arte e engenharia; em um comercial de televisão da BMW, Theo Jansen afirma que "as fronteiras entre arte e engenharia existem apenas em sua mente". Diversos vídeos mostrando os seus trabalhos podem ser encontrados no Youtube.
Jansen dedica-se a criar vida artificial através de algoritmos genéticos, que simulam a evolução dentro de seu código.Algoritmos genéticos podem ser modificados para resolverem uma variedade de problemas.Suas criações possuem cérebros primitivos, baseados em contagem binária,que são utilizados para lozalizar sua posição na praia.Seus "animais" necessitam localizar-se para ficarem longe de seus principais perigos: o oceano, o fim da praia e principalmente tempestades.


Segundo sua página:
Há cerca de 10 anos, Theo cria um novo tipo de natureza.Nem pólen nem semente, mas tubos amarelos são utilizados como material básico dessa nova natureza.Ele constrói esqueletos capazes de caminhar com a ajuda do vento.Ele sonha, em um futuro próximo , soltar suas criações na praia para que possam viver suas próprias vidas.

Fonte: Wkipédia
Site: http://www.strandbeest.com/


Guto Lacaz

Nasceu em São Paulo, em 1948. É arquiteto pela FAU/USP e artista plástico. Em seu conjunto de obras podemos encontrar esculturas lúdicas, videoinstalações, multimídia, eletroperformances, projetos e instrumentos científicos. Participou de diversos eventos, entre eles SKY ART na USP (1986), e Water Work Project, Toronto, Canadá (1978). Lecionou comunicação visual e desenho de arquitetura na Faculdade de Artes Plásticas da PUC/Campinas, em 1978-80. Foi professor do curso A Técnica e a Linguagem do Vídeo, no festival de inverno de Campos de Jordão, em 1983. Foi editor da revista Around AZ.
IMPORTÂNCIA DE SUA OBRA

"Auditório para questões delicadas"
Guto Lacaz é basicamente um artista plástico que, às vezes, cruza os terrenos da ciência e da tecnologia, sobretudo quando constrói as suas máquinas e aparelhos paradoxais ou absurdos. É uma espécie de antiengenheiro decidido a aplicar o seu know-how na desmontagem, na desorganização, na desconstrução talvez do sistema produtivo industrial. Trata-se basicamente de conceber e pôr em funcionamento publicamente dispositivos absolutamente inúteis, que repetem ad infinitum suas tarefas quixotescas.
O trabalho de Lacaz é a experiência mais negativa que se conheçe no Brasil (negativa no sentido de portadora de uma negação) em relação a toda a religião da produtividade que embasa as sociedades industriais. 
O que quer Lacaz é justamente transformar em jogo gratuito a função produtiva da tecnologia, de modo a demonstrar que o trabalho artístico depende muito pouco dos valores da produção e progride sempre na direção contrária à da tecnocracia. A tese que parece sustentar o seu trabalho é a de que a arte independe de qualquer teleologia; ela é o que é, esse enigma inesgotável, entre outras coisas porque lhe faltam finalidades. Ao fluxo quantitativo das mensagens utilitárias e confortantes que trafegam diariamente nos canais majoritários da mídia, a arte responde com a incerteza, a indeterminação e, acima de tudo, com um humor que corrói tudo.





Fazer uma intervenção ligada à interatividade proporcionará aos moradores de Bichinho uma experiência única e totalmente enriquecedora, muito mais do que se apenas montassemos uma espécie de espetáculo, do qual seriam meros espectadores.
O que queremos, na realidade, é justamente poder interagir com a população local -  não estabelecer, ou reforçar, uma barreira entre nós estudantes de arquitetura e eles moradores.